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Procura pelo destino Portugal na Internet [8 de Agosto a 8 de Setembro]

Mais uma vez como vai sendo normal às 4ªs feiras analisamos mais um período de 30 dias, da procura realizada na internet sobre o destino turístico Portugal, através de um ferramenta disponibilizada pela Google, nesta semana focamos a nossa análise para o período compreendido entre 8 de Agosto e 8 de Setembro.

Todavia alertamos, para o facto que os dados apresentados não significam necessariamente reservas efectuadas durante o período de referência, mas sim a busca de informação sobre os destinos em Portugal e a origem geográfica desse interesse sobre o nosso país.

Pretendemos auxiliar na identificação dos mercados que mostraram mais interesse pelo nosso destino nas pesquisas efectuadas na internet, possibilitando à oferta nacional mostrar a esta procura potencial o que de melhor lhe pode oferecer e apostar de modo mais focado na sua estratégia promocional. No entanto, alertamos para o facto da popularidade do destino pode mudar repentinamente, dependendo de acontecimentos imprevisíveis mundiais, notícias ou outro tipo de eventos inesperados que entretanto possam ocorrer.

O período de análise acima identificado mostra a seguinte perspectiva:

O primeiro gráfico voltamos a observar a reposição dos valores já anteriormente observados neste gráfico, o que confirma uma continuação do crescimento da procura neste mês de referência. A distância em % entre (este ano) e o (ano anterior) diminui no fim do período (-2%). De realçar que as flutuações ao longo do tempo voltaram a reflectir a mesma trajectória independentemente do período do ano em referência. Face aos gráficos semanais já publicados, a distância entre “este ano” e “ano anterior” no início deste período, 8 de Agosto, apresenta agora uma diferença de 32% (88% contra 56%), quando na semana passada a diferença era de 29%. No fim do período, em 8 de Setembro a diferença cresceu ligeiramente para 30% (76% contra 46%). Apesar da diferença ter crescido ligeiramente os valores de base entre períodos são mais baixos pelo já se nota um abrandamento da procura com a chegada do fim do período tradicional de férias de Verão.

Introduzimos no período anterior uma nova análise ao comportamento da média anual da procura na internet. Nota-se um pequeno acréscimo da variação média anual (2020/2021) de 8pp que passou neste período para uma diferença entre 57% no início do período para 65% no fim do período, quando no espaço temporal anterior observado era de 6pp.
 

Neste período, os utilizadores da internet não modificaram a procura por destinos turísticos em Portugal, mantendo a preferência pelos tradicionais. Temos neste período de análise exactamente as mesmas opções apresentadas na semana passada nos lugares cimeiros. Como principais destinos com maior interesse de viagem Lisboa, que tem mantido a liderança ao longo do tempo, surgindo depois Porto, Faro e Ponta Delgada. Para além das 2 principais cidades do país temos os tradicionais destinos de férias de Verão onde pontuam em maior número os destinos localizados na região do Algarve, e agora de novo com o aparecimento de Cascais.
 

Em termos acumulados (8 períodos) observamos que existe alguma estabilidade no interesse pelos destinos Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada,  Albufeira e Funchal:

As variações na procura, como temos vindo a alertar, poderão ocorrer em cada período de forma repentina consoante as características e tendências da procura, e até em relação à época do ano. Este período contrasta totalmente com os anteriores distribuindo-se o interesse desta vez por diversos destinos muito diferentes. Não há uma opção definida mas antes uma diversificação desde o litoral até ao interior. Alguma procura por destinos poderá estar relacionada com a ocorrência de eventos de natureza diversa. À cabeça aparece o Alvor, mas temos também algumas novidades como a Guia e Vila Nova de Cerveira.  

Neste período ocorre uma alteração substancial dos 6 primeiros lugares em relação à lista apresentada na semana passada, quanto à origem da procura, onde deixaram de liderar os portugueses que desapareceram da lista, pelo que se impõe agora a  França, seguida da Espanha, Reino Unido e o Brasil suplanta a Alemanha, e os E.U.A. que encerram a lista. O volume de procura por origem, poderá indiciar uma retoma dos mercados tradicionais de Portugal.

Em valores acumulados nos diversos períodos (8) a tendência da procura nacional (turismo interno) desapareceu não constando nos 6 primeiros lugares depois da liderança, que indicamos em 6 dos 8 períodos analisados. Temos uma retoma efectiva dos denominados mercados tradicionais, que também estão a estabilizar-se nos lugares cimeiros. Dois destaques, o reaparecimento dos E.U.A. após longa ausência, e o crescimento da posição do Brasil que supera a Alemanha.

A escala do gráfico seguinte é percentual, significando que se registou, em relação à última análise efectuada a manutenção da liderança dos espanhóis, que escolheram como primeira pesquisa na internet o destino turístico, Portugal, apresentando todavia um decréscimo, situando-se no valor mais baixo desde 5 de Julho (29,79%). Em seguida, temos os britânicos que cresceram novamente, mas ligeiramente para 16,15%, consolidando a sua posição face aos franceses que baixaram novamente um pouco agora para 13,38%. A Alemanha subiu quase 1pp, para (8,54%), Irlanda apresentou um valor um pouco mais baixo (5,58%), assim como os Países Baixos com (4,42%) segue-se os E.U.A. com uma décimas de crescimento (4,58%). Finalizam a lista a Bélgica (3,2%), Brasil (2,9%), e a Itália (2,28%). A Suíça há 2 períodos consecutivos que não faz parte dos 10 primeiros lugares.

Analisando todos os períodos observados (8), a Espanha, Reino Unido, França e Alemanha, tradicionais mercados estrangeiros do turismo português, consolidam a suas posições cimeiras ao longo do tempo, com excepção dos E.U.A. e Brasil que têm vindo a perder posições, juntam-se agora outros mercados europeus como a Irlanda, Países Baixos e Bélgica. Nota-se nos 4 últimos períodos uma certa estabilidade nos valores apresentados que mostram apenas ligeiras variações nos períodos analisados.

15 Setembro 2021