Turismo do Reino Unido: para quando?

Turismo do Reino Unido: para quando?

Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) advertiu que quase 27 mil milhões de libras serão perdidas pela economia britânica se o governo atrasar o reinício das viagens internacionais até 17 de Maio.

A data foi fixada pelo primeiro-ministro Boris Johnson quando revelou o tão esperado plano de desconfinamento no início desta semana.

De acordo com o plano do governo, duas famílias poderão juntar-se ao ar livre a partir de 29 de Março, e o WTTC acredita que esta decisão deverá assinalar o reinício de viagens internacionais seguras.

O reinício das viagens internacionais poderia ocorrer sete semanas antes, para coincidir com as férias da Páscoa, e desta forma salvar as empresas de Viagens & Turismo em dificuldades, e dar um impulso económico muito necessário à economia britânica.

O WTTC, que representa o sector privado global de Viagens & Turismo, receia que ao atrasar o renascimento das viagens internacionais por mais sete semanas, acelerará o colapso de um sector que contribui anualmente com 200 mil milhões de libras para a economia do Reino Unido, e é responsável por quase quatro milhões de empregos.

A perda de quase 27 mil milhões de libras representa um prejuízo diário para a economia do Reino Unido de mais de 550 milhões de libras, que pode ser contabilizado em empregos perdidos e empresas falidas, em todas as regiões do país.

Enquanto o WTTC aplaude o êxito do governo na campanha de vacinação, o organismo global de turismo apelou ao Primeiro-Ministro para clarificar o que deverá ocorrer em 17 de Maio, para que as empresas de Viagens & Turismo possam preparar-se para o reinício e os consumidores possam efectuar reservas com confiança.

O WTTC tem defendido consistentemente que as viagens internacionais podem ser retomadas em segurança com um regime internacional abrangente e coordenado desde que se efectuem testes à partida e à chegada dos viajantes.

Os testes devem ser implementados juntamente com o lançamento global de vacinas, protocolos de saúde e higiene melhorados e, sobretudo, o uso obrigatório da máscara, que os especialistas dizem poder reduzir a transmissão do vírus em mais de 80%, de forma a reactivar com segurança as viagens internacionais. Além disso, a introdução de passes ou certificados de saúde digitais será um bom apoio a esta recuperação.

Estas medidas devem tornar completamente desnecessárias as quarentenas que se mostram contraproducentes e eliminar a necessidade de corredores aéreos aleatórios e confusos, o que afecta ainda mais a confiança de quem viaja.

 

16 Março 2021