Tendências: O futuro do Turismo - tecnologia crucial na previsão
Ninguém pode prever o futuro. No entanto, podem ser usadas previsões utilizando informação estatística. A forma mais eficaz de recolher dados relevantes sobre o futuro do Turismo passa pela utilização de tecnologias modernas que estão a mostrar cada vez mais a sua eficácia. Para o Turismo, existem dois actores principais: por um lado, os turistas (procura); e, por outro, aqueles que prestam serviços turísticos de muitas formas diferentes, onde se incluem agências de viagens, empresas de logística e transporte como companhias aéreas e empresas de aluguer de veículos; mas também os maiores fornecedores da indústria hoteleira, tais como hotéis, empresas associadas ao alojamento local, companhias de cruzeiros e até mesmo restaurantes, animação, etc. (oferta no seu todo).
Ao tentar prever o futuro do Turismo, a variável independente seriam os turistas, que terão sempre o desejo de sair e descobrir destinos, de explorar novas culturas, ou simplesmente de regressar a lugares que ofereçam algum tipo de estada única e agradável. No entanto, nem tudo reside nesse desejo. Há um factor económico que todos consideramos antes de viajar, que é o rendimento familiar, e é este que determina se viajamos ou ficamos em casa. Algumas pessoas brincam sobre não poderem planear uma viagem quando dificilmente podem ficar em casa, mas hoje em dia, este assunto é levado mais a sério.
A variável dependente são todos os prestadores de serviços turísticos, que sabem que os turistas fazem um esforço para viajar e são cada vez mais cautelosos e exigentes quanto às empresas que utilizam. O grande desafio para os prestadores é satisfazer as expectativas dos turistas e tentar ultrapassá-las.
Para os destinos que querem continuar a permanecer populares num futuro pós-Covid, existem três grandes desafios: tornar o Turismo sustentável, alargar a utilização de novas tecnologias e oferecer produtos turísticos de maior qualidade. A aplicação de novas tecnologias para atrair turistas tem sido uma das formas mais eficazes de reanimação dos negócios de muitas empresas e destinos. As tecnologias permitem que os interessados tomem as decisões correctas com base nos dados disponíveis.
Actualmente, as companhias aéreas estão concentradas na concepção de melhores ofertas para se manterem acima da concorrência (o Air Pulse é um bom exemplo), os hotéis oferecem mais opções a preços baixos com o objectivo de atrair mais hóspedes, o alojamento local está a competir e a enfrentar as opções tradicionais de alojamento, e os restaurantes procuram opções diversificadas em espaços exteriores, que são muito procurados pelos turistas, especialmente nos países europeus.
Entretanto, a indústria dos cruzeiros tem apostado na mudança, tendo ajustado os procedimentos às directrizes de segurança da COVID-19, permitindo receber a bordo apenas passageiros totalmente vacinados, a indústria de cruzeiros conseguiu assim reiniciar a sua actividade após ter sido mantida no cais durante meses. Todavia, de momento, os navios de cruzeiro, tal como o resto das indústrias do Turismo não estão isentos do risco de aparecimento de surtos de COVID-19. O futuro mostra-se algo distante mas promissor, apesar dos ventos e marés menos favoráveis que ainda persistem em toda a indústria do Turismo.
Portanto, está a tornar-se cada vez mais determinante o sector estar atento às mudanças nas características e comportamentos dos consumidores, às novas tendências de consumo, às ferramentas tecnológicas de comercialização e venda, que muitas vezes incluem métodos de análise e previsão. Assistimos hoje à ascensão dos modelos de previsão em detrimento da análise estatística clássica e linear onde as tendências apresentadas nos dados do passado projectam-se de forma continuada nas tendências futuras.
21 Junho 2021