Tendências: as reservas no alojamento turístico em 2022

Tendências: as reservas no alojamento turístico em 2022

O Cloudbeds Travel Trends Report 2022 analisa as novas tendências esperadas nas reservas a efectuar no alojamento turístico, de modo a facilitar a actuação destas empresas na obtenção de mais receitas e rentabilidade através dos potenciais clientes/consumidores. O relatório reúne as tendências que irão moldar o futuro do alojamento turístico à medida que o mercado aprende a viver com os impactos da pandemia. Um ambiente dinâmico de procura, reservas directas e estadas mais longas são as três tendências que irão liderar as reservas em 2022.

O relatório, que utiliza múltiplos recursos tais como as plataformas Expedia, Vrbo, Airbnb e Skift, bem como plataformas de dados sobre hospedagem, tais como a STR, oferece uma visão ampla de como a pandemia influenciou três grandes mudanças nas tendências de reservas que irão afectar as empresas de alojamento este ano.

O documento também fornece conselhos úteis sobre como responder a estas tendências de mudança, bem como recomendações valiosas para hoteleiros e proprietários sobre questões relacionadas directamente com os negócios, tais como onde investir, e ferramentas e técnicas úteis sobre como adaptar, actualizar e promover as suas ofertas com o objectivo de optimizar todas as oportunidades disponíveis que promovam a geração de receitas.

Procura dinâmica
Um dos maiores impactos da pandemia é que a procura de viagens tem sido imprevisível. Mesmo factores como a localização e a sazonalidade já não são tão fiáveis como outrora. Grande parte da imprevisibilidade tem sido impulsionada por quarentenas e mudanças nas restrições fronteiriças, que obrigaram muitos viajantes a cancelar ou alterar os seus planos à última hora.

Um único anúncio pode também desencadear enormes picos na procura. Prova disso foi o crescimento acentuado das viagens para os EUA da EMEA (Europa, Médio Oriente e África), que na Expedia aumentaram 95% uma semana após a Casa Branca ter anunciado o levantamento das restrições de viagem para os visitantes internacionais vacinados.

Os viajantes, agora habituados a estas incertezas, alteraram os seus hábitos de reserva, em conformidade com esta nova realidade, encurtando consideravelmente os tempos de reserva. De facto, muitos consumidores preferem esperar até uma data mais próxima da sua viagem para fazer as suas reservas.

A flexibilidade continua a ser uma prioridade para muitos viajantes: quase um em cada três viajantes diz que a política de cancelamento de um fornecedor de alojamento é um dos três principais factores que influenciam a sua reserva.

Um número crescente de viajantes está a aproveitar a flexibilidade para "acumular viagens", reservando duas ou mais viagens no mesmo período no caso de ocorrerem problemas relacionados com a pandemia que arruínem os seus planos de viagem.

Preferência por reservas directas
De acordo com os dados, no início da pandemia, quando as restrições levaram a cancelamentos de viagens em massa, muitos consumidores "ficaram frustrados com as OTA (Online Travel Agencies) pela sua má comunicação e atrasos na emissão de reembolsos". Notícias negativas na imprensa daqui resultantes, minou a confiança dos consumidores em efectuar reservas através destes operadores". 

Num inquérito conduzido pela GlobalData em Junho passado, 39% dos consumidores disseram que normalmente reservariam directamente, em comparação com 17% que optariam pelas OTA ou usariam plataformas de comparação de preços. De acordo com a Skift, em 2020, 56% das reservas de hotéis independentes foram obtidas através de canais directos, contra 39% um ano antes, o que reflecte um aumento de 17%.

Estadas mais longas
Antes da pandemia, as escapadelas de fim-de-semana eram um dos modos de viagem mais populares, mas essa tendência inverteu-se desde então. Um inquérito da GlobalData revelou que 44% dos utilizadores preferem viagens de lazer de pelo menos sete noites, enquanto 26% preferem mais de 10 noites.

As estadas mais longas também estão a crescer em popularidade - o relatório sobre os resultados do 3º trimestre de 2021 da Airbnb mostra que as permanências de 28 dias ou mais estão a crescer mais na empresa, representando 20% das noites reservadas nesse trimestre do ano passado, acima dos 14% do ano anterior.

14 Fevereiro 2022