Procura pelo destino Portugal na Internet [15 de Agosto a 15 de Setembro]

Procura pelo destino Portugal na Internet [15 de Agosto a 15 de Setembro]

Mais uma vez apresentamos às 4ªs feiras uma análise da procura realizada na internet sobre o destino turístico Portugal para um novo período de 30 dias, através de um ferramenta disponibilizada pela Google e, nesta semana, focamos a nossa análise entre 8 de Agosto e 8 de Setembro.

Todavia, alertamos para o facto que os dados apresentados não significam necessariamente reservas efectuadas durante o período de referência, mas sim a busca de informação sobre os destinos em Portugal e a origem geográfica desse interesse sobre o nosso país.

Pretendemos auxiliar na identificação dos mercados e de locais em Portugal que evidenciaram captar mais interesse nas pesquisas efectuadas na internet, possibilitando à oferta nacional mostrar a esta procura potencial, o que de melhor lhe pode oferecer e apostar de modo mais focado na sua estratégia promocional. No entanto, alertamos para o facto da popularidade do destino pode mudar repentinamente, dependendo de acontecimentos imprevisíveis mundiais, notícias ou outro tipo de eventos inesperados que entretanto possam ocorrer.

O período de análise acima identificado mostra a seguinte perspectiva:

No primeiro gráfico, voltamos a observar a reposição dos valores já anteriormente observados neste, o que confirma uma continuação do crescimento da procura neste mês de referência em relação ao ano passado.

A distância em % entre os valores alcançados (este ano) no início do período (100%) e no fim do período (86%), regista uma diminuição de 14pp. Em relação ao ano anterior no mesmo período, no início mostrava 70%, que diminui no fim do período para 44%, o que representa uma diminuição maior 26pp. De realçar que as flutuações ao longo do tempo voltaram a reflectir a mesma trajectória (este ano e ano passado) independentemente do período do ano em referência, o que leva a pressupor uma estabilidade na preferência dos consumidores tendo oscilado essencialmente o volume da procura. Face aos gráficos semanais já publicados, a distância entre “este ano” e “ano anterior” no início deste período, 15 de Agosto, apresenta agora uma diferença de 30% (100% contra 70%), quando na semana passada a diferença era de 32%. No fim do período, a 15 de Setembro a diferença cresceu de 30% na semana passada para 42% (86% contra 44%). Apesar da diferença ter crescido, os valores de base entre períodos são mais baixos, pelo que já se nota um abrandamento da procura com a chegada do fim da época alta do Turismo.

Analisando o comportamento da média anual da procura na internet (9 períodos), nota-se um decréscimo da variação média anual (2020/2021) de 5pp, que passou neste período para uma diferença entre 43% no início do período para 95% no fim do período, quando no espaço temporal anterior observado era de 8pp.

Neste período, os utilizadores da internet não modificaram a procura por destinos turísticos em Portugal, mantendo a preferência mais tradicional. Temos, neste período de análise, exactamente as mesmas opções apresentadas na maior parte dos períodos anteriores nos lugares cimeiros. Como principais destinos com maior interesse de viagem Lisboa, que tem mantido a liderança ao longo do tempo, surgindo depois Porto, Faro e Ponta Delgada. Para além das 2 principais cidades do país, temos os tradicionais destinos de férias em Portugal, onde pontuam em maior número os destinos localizados na região do Algarve e, na Área Metropolitana de Lisboa, Cascais.

Em termos acumulados - 9 períodos - observamos que existe estabilidade quanto ao interesse pelos destinos Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Albufeira e Funchal:

As variações na procura, como temos vindo a alertar, poderão ocorrer em cada período de forma repentina consoante as características e tendências da procura, e até em relação à época do ano. Este período volta a contrastar totalmente com os anteriores, distribuindo-se o interesse desta vez por diversos destinos (mais urbanos com as principais cidades portuguesas em destaque), locais turísticos tradicionais (Sintra e Fátima), e outros possivelmente derivados de eventos a realizar localmente.

Neste período ocorre uma alteração substancial dos 6 primeiros lugares em relação à lista apresentada na semana passada. Quanto à origem da procura, voltaram a liderar os portugueses que tinham desaparecido da lista, que suplantam a França, seguida da Espanha, Reino Unido e o Brasil manteve uma posição superior à Alemanha, e os E.U.A. que mais uma vez desparecem da lista. O volume de procura por origem poderá indiciar uma retoma do Turismo interno, mas acompanhado pelos mercados mais tradicionais que têm como destino turístico Portugal, sendo de destacar, todavia, que nestes o volume baixou no período em análise para valores abaixo de 30, quando durante diversos períodos estiveram acima de 50.

Em valores acumulados nos diversos períodos (9), a tendência da procura nacional (Turismo interno) reapareceu, liderando a lista que indicamos em 7 dos 9 períodos analisados. Temos uma retoma efectiva dos denominados mercados tradicionais, que também estão a estabilizar-se nos lugares cimeiros. Dois destaques: a ausência de novo dos E.U.A., e o crescimento da posição do Brasil que, de novo, supera a Alemanha.

A escala do gráfico seguinte é percentual, assumindo significado neste período (9) em relação à última análise efectuada. Uma perda acentuada dos espanhóis que passaram de 29,79% para 12,67%, razão pela qual foram ultrapassados percentualmente pelos franceses e britânicos, na escolha como primeira pesquisa na internet o destino turístico, Portugal. No entanto, tal como a Espanha a maior parte dos países de origens apresentam um decréscimo nas suas percentagens (destaque também neste sentido para a Irlanda com -2,57%). No sentido contrário - em crescimento - constituem excepção no período a França, Alemanha, Brasil e Itália. A Suíça há 3 períodos consecutivos não faz parte dos 10 primeiros lugares.

Analisando todos os períodos observados (9), a França, pela primeira vez, aparece no lugar cimeiro, passando a Espanha que liderou a análise durante 8 períodos de análise, passando para o 3º lugar, sendo também ultrapassada pelo Reino Unido que assumiu o segundo lugar. A Alemanha, e agora o Brasil, apresentam percentagens superiores a 10%. Nota-se neste período uma quebra acentuado dos valores percentuais registados nos 8 anteriores períodos, com excepção da França, Alemanha, Brasil e Itália, podendo significar uma mudança na época turística com o abrandamento dos valores dos mercados tradicionais de férias.

22 Setembro 2021