Procura pelo destino Portugal na Internet [10 de Outubro a 10 de Novembro]

Procura pelo destino Portugal na Internet [10 de Outubro a 10 de Novembro]

Pelo 17º período consecutivo, continuamos a verificar a procura realizada na internet sobre o destino turístico Portugal, para um novo período de 30 dias, através de uma ferramenta disponibilizada pela Google. Todavia, alertamos para o facto que os dados apresentados não significam necessariamente reservas efectuadas durante o período de referência, mas sim a busca de informação sobre os destinos em Portugal e a origem geográfica desse interesse sobre o nosso país.

Pretendemos auxiliar na identificação dos mercados e de locais em Portugal que evidenciaram captar mais interesse nas pesquisas efectuadas na internet, possibilitando à oferta nacional mostrar a esta procura potencial, o que de melhor lhe pode oferecer e apostar de modo mais focado na sua estratégia promocional. No entanto, alertamos para o facto da popularidade do destino poder mudar repentinamente, dependendo de acontecimentos imprevisíveis mundiais, notícias ou outro tipo de eventos inesperados que entretanto possam ocorrer.

O 17º período de análise - 10 de Outubro a 10 de Novembro de 2021 - mostra a seguinte perspectiva da procura:

No primeiro gráfico, voltamos a observar a reposição dos valores já anteriormente observados, o que confirma uma continuação do crescimento da procura neste mês de referência em relação ao mesmo período do ano passado.

O desvio entre os valores alcançados, este ano, no início do período (ver quadro 1), e no fim do período, regista um decréscimo de 26 pp quando na semana anterior verificamos uma de tendência de cariz idêntico, mas mais suave, de -12 pp.

Em relação ao ano anterior e para o mesmo período, mostra-nos uma diminuição de -16 pp, a mesma tendência decrescente do período anteriormente analisado que foi de – 17 pp. De realçar que as flutuações ao longo do tempo voltaram a ter a mesma trajectória (este ano e ano passado) mostrando o ano anterior uma tendência linear, quase sem flutuações, o mesmo não acontecendo este ano, o que leva a pressupor um aumento da procura, apesar de se mostrar ainda instável face aos valores mais constantes do ano passado.

Tendo em consideração os gráficos semanais já publicados, a distância entre “este ano” e “ano anterior” (quadro 1) no início do período, 4 de Outubro, apresenta agora uma diferença de 57 pp, quando na semana passada a diferença era de 52 pp. No fim do período, a 4 Novembro, a diferença situou-se agora nos 47 pp, quando na semana passada a distância situava-se em 57 pp. Apesar da diferença ter, de certo modo, estabilizado num patamar que ronda os 47 e os 57 pp, os valores de base entre períodos são agora mais baixos, pelo que se nota já estarmos numa época de menor procura turística (sazonalidade), apesar de ser evidente um crescimento global mais sustentado deste ano em relação ao ano passado.

Analisando o comportamento da média anual da procura na internet nos últimos 12 meses - ver quadro 2:

Nota-se também, neste gráfico, que houve uma quebra significativa da variação média anual (2020/2021) situando-se agora nos 58 pp, bem abaixo do registado no anterior período, (diferença de 118 pp entre o início e o fim do período). O valor dos dados relativos a este ano já se encontram possivelmente influenciados por algum ascendente das restrições, que a nova onda pandémica está a influenciar alguns dos mercados de origem da procura.

Neste período, os utilizadores da internet mais uma vez não modificaram a procura por destinos turísticos em Portugal, mantendo a preferência mais tradicional. Temos, neste período de análise, nos lugares cimeiros, exactamente as mesmas opções apresentadas na maior parte dos períodos anteriores. Como principais destinos com maior interesse de viagem, Lisboa mantém o valor (100), que tem mantido ao longo do tempo, surgindo depois Porto, Faro e Ponta Delgada. Para além das 2 principais cidades do país, temos os tradicionais destinos de férias em Portugal, em maior número os destinos localizados na região do Algarve, acrescidos do Funchal, na Área Metropolitana de Lisboa, Cascais e, no grande Porto, Vila Nova de Gaia.

Em termos acumulados - 16 períodos - observamos que existe estabilidade ao longo de tempo quanto aos 5 destinos turísticos mais procurados, com Lisboa a liderar, depois Porto, Faro, Ponta Delgada, e Albufeira:

De todos os dados observados semanalmente, este quadro é o que tem registado maiores variações entre períodos, por isso alertamos para o facto de poderem ocorrer em cada período observado, de forma repentina, mudanças na procura consoante as características e tendências em cada momento, e até em relação à época do ano, ou por motivo de eventos que se prevêem realizar. Este 17º período, mais uma vez, volta a contrastar totalmente com os anteriores. Voltamos a ter, como no último período observado, variações positivas em somente em 3 destinos e todos na Serra da Estrela, destacando-se Cortes do Meio (com as suas 12 piscinas naturais que levou um roteiro nacional conhecido a apelidá-la de “capital das piscinas naturais”), Manteigas, e agora voltamos a ter Unhais da Serra, à frente das principais cidades portuguesas. Destacamos ainda que Faro e Cascais não aparecem nesta lista de 10 destinos, tendo sido substituídos por Sintra e Braga. Como já temos referenciado, o aparecimento do interesse por estes destinos poderá estar associado a eventos localizados, procura por espaços de montanha e de proximidade com a natureza, próprios desta época do ano.

Neste período, registou-se unicamente diferenças no volume da procura, que aumentou ligeiramente em algumas nacionalidades, mantendo-se as posições mencionadas na análise efectuada no período anterior. O volume de procura por origem, prevalece a liderança do mercado interno, e mostra uma certa predominância dos mercados turísticos tradicionais que procuram Portugal.

Em valores acumulados nos diversos períodos (17), a procura nacional lidera a lista (Portugal em 17 períodos observados liderou 13). Temos uma retoma efectiva dos denominados mercados tradicionais, que também estão a estabilizar-se nos lugares cimeiros. Dois destaques: a ausência de novo dos E.U.A., e a consolidação da posição do Brasil que manteve o 3º lugar.

A escala do gráfico seguinte é percentual, assumindo significado neste 17º período, em relação à última análise efectuada, o facto de se voltarem a registar poucas alterações no crescimento ou decréscimo, em termos de pp, na generalidade das nacionalidades. De destacar pela positiva uma boa variação da procura por parte dos americanos e brasileiros. Os espanhóis mantiveram o 1º lugar da lista, seguidos pelos britânicos e os franceses o 3º lugar.

Analisando todos os períodos observados (17), os espanhóis lideraram em 14 destes períodos, mantendo de novo o 1º lugar. Todavia, apesar das variações ocorridas neste período, tendo na maioria dos casos apresentado valores pouco expressivos, mantiveram-se em destaque os mercados tradicionais da procura do destino turístico Portugal (Espanha, Reino Unido, França, Alemanha, e Brasil). No gráfico seguinte mostramos somente as nacionalidades cuja procura que apresentaram variações nos 17 períodos com valores superiores a 5%.

17 Novembro 2021