Procura pelo destino Portugal na internet [1 de Agosto a 1 Setembro]
Analisamos mais um período de 30 dias, como é habitual às 4ª feiras, sobre a procura realizada na internet sobre o destino turístico Portugal, através de um ferramenta disponibilizada pela Google. Nesta semana, focamos a nossa análise para um período que coincide com a totalidade do mês de Agosto.
Todavia, alertamos para o facto que os dados apresentados não significam necessariamente reservas efectuadas durante o período de referência, mas sim a busca de informação sobre os destinos em Portugal e a origem geográfica desse interesse sobre o nosso país.
Pretendemos auxiliar na identificação dos mercados que mostraram mais interesse pelo nosso destino nas pesquisas efectuadas na internet, possibilitando à oferta nacional mostrar a esta procura potencial o que de melhor lhe pode oferecer e apostar de modo mais focado na sua estratégia promocional. No entanto, alertamos para o facto da popularidade do destino poder mudar repentinamente, dependendo de acontecimentos imprevisíveis mundiais, notícias ou outro tipo de eventos inesperados que entretanto possam ocorrer.
O período de análise acima identificado mostra a seguinte perspectiva:
No primeiro gráfico voltamos a observar a reposição dos valores já anteriormente observados neste gráfico, o que confirma um crescimento da procura neste mês de Agosto. A distância em % entre (este ano) e o (ano anterior) alargou novamente no fim do mês de Agosto. De realçar que as flutuações ao longo do tempo voltaram a reflectir a mesma trajectória independentemente do período do ano em referência. Face aos gráficos semanais já publicados, a distância entre “este ano” e “ano anterior” no início deste período, 1 de Agosto, apresenta agora uma diferença de 29% (95% contra 66%), quando na semana passada a diferença era de 18%. No fim do período, em 1 de Setembro a diferença manteve-se nos 29% (87% contra 58%). Apesar da diferença ser a mesma no fim do período já se nota um abrandamento da procura, com a chegada do fim do período tradicional de férias de Verão.
Introduzimos uma nova análise ao comportamento da média anual da procura na internet. Nota-se um decréscimo da variação média anual (2020/2021) de 6pp, que passou neste período para uma diferença entre 44% no início do período, para 50% no fim do período, quando no espaço temporal anterior observado era de 12%.
Neste período, os utilizadores da internet não modificaram a procura por destinos turísticos em Portugal, mantendo a preferência pelos tradicionais. Temos, neste período de análise, exactamente as mesmas opções apresentadas na semana passada. Como principais destinos com maior interesse de viagem, Lisboa (como ontem noticiamos nas análises internacionais, também fazia parte de um dos destinos de cidade mais procurados neste Verão na Europa), que tem mantido a liderança ao longo do tempo, surgindo depois Porto, Faro e Ponta Delgada. Para além das 2 principais cidades do país temos os tradicionais destinos de férias de Verão onde pontuam em maior número os destinos localizados na região do Algarve e, no litoral, Vila Nova de Milfontes.
Em termos acumulados (7 períodos) observamos que existe alguma estabilidade no interesse pelos destinos Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Albufeira:
As variações na procura, como temos vindo a alertar, são bruscas e repentinas consoante as características e tendências da procura, e até em relação à época do ano. Este período contrasta totalmente com os anteriores distribuindo-se desta vez por diversos destinos. As opções foram diversificadas desde o litoral até ao interior. À cabeça, Fátima, depois muitas cidades portuguesas motivaram interesse: Aveiro, Braga, Setúbal, Vila Real, Guimarães e Viseu.
Neste período, manteve-se inalterada a lista da semana passada dos 6 primeiros lugares quanto à origem da procura, onde já pontuavam em primeiro lugar os portugueses, impondo-se à França, seguida da Espanha, Reino Unido Alemanha e Brasil, indiciando um domínio dos mercados tradicionais de Verão para Portugal e, em especial, o regresso de emigrantes portugueses com residência no estrangeiro.
Em valores acumulados nos diversos períodos (7), a tendência da procura nacional (turismo interno), depois de ter desaparecido durante um único período, retomou a liderança, mantendo-se as restantes origens (mercados tradicionais), que também estão a estabilizar-se nos lugares cimeiros. Como único destaque em relação aos mercados tradicionais os E.U.A., devido às restrições relacionadas com a Covid-19 não aparecem e estão novamente ausentes desta listagem pelo 3º período consecutivo.
A escala do gráfico seguinte é percentual, significando que se registou, em relação à última análise efectuada, a manutenção da liderança dos espanhóis, que escolheram como primeira pesquisa na internet o destino turístico, Portugal, apresentando um ligeiro decréscimo situando-se agora em 31,58%. Em seguida, temos os britânicos que cresceram novamente, mas ligeiramente para 15,82%, consolidando a sua posição face aos franceses que baixaram novamente um pouco agora para 13,79%. Subiram, neste período, a Alemanha para (7,82%), Irlanda manteve os (5,73%). Uma pequena subida dos Países Baixos para (4,45%), que mesmo assim, foram suplantados pelos E.U.A. (4,45%). Finalizam a lista a Bélgica (3,03%), a Itália (2,18%) e o Brasil, que após 2 períodos consecutivos de análise voltaram a integrar os 10 primeiros lugares com (2,10%).
Analisando todos os períodos observados, a Espanha, Reino Unido, França e Alemanha - tradicionais mercados estrangeiros do turismo português - consolidam a suas posições cimeiras ao longo do tempo, com excepção dos E.U.A. e Brasil que têm vindo a perder posições, juntando-se agora a outros destinos europeus como a Irlanda, Países Baixos e Bélgica. Nota-se nos 4 últimos períodos uma certa estabilidade nos valores apresentados que apresentam ligeiras variações:
08 Setembro 2021