IATA afirma: 2020 foi uma catástrofe para as viagens aéreas e 2021 não se mostra melhor

IATA afirma: 2020 foi uma catástrofe para as viagens aéreas e 2021 não se mostra melhor

O tráfego internacional de passageiros caiu 75,6% enquanto os fluxos domésticos diminuem 48,8%.

O tráfego global de passageiros diminuiu em 2020 em 65,9% em comparação com o ano de 2019. Foi sem dúvida o declínio mais acentuado na procura de viagens aéreas (RPK) na história da aviação e o pior ano de todos os tempos para este setor devido ao impacto da COVID- 19. 

Também as reservas a prazo caíram drasticamente desde o final de Dezembro em cerca de 70%, embora as previsões para o ano de 2021 se situem em 50,6% em relação aos níveis de 2019 ; de acordo com os resultados apresentados pela International Air Transport Association (IATA) no seu relatório final.

 

Tráfego aéreo em números

  • A procura de passageiros internacionais em 2020 diminuiu 75,6% em relação a 2019. A capacidade (ASK - medida em quilómetro por assento disponíveis) diminuiu 68,1% e a taxa de ocupação caiu 19,2 pontos percentuais situando-se em 62,8%.
  • A procura doméstica em 2020 caiu 48,8% em comparação com 2019. A capacidade baixou 35,7% e a taxa de ocupação caiu 17 pontos percentuais, tendo ficado nos 66,6%.
  • O tráfego total em Dezembro de 2020 ficou 69,7% abaixo do mesmo mês de 2019, um pouco melhor comparativamente com o valor registado no mês de Novembro que foi de 70,4%. A capacidade diminuiu 56,7% e a taxa de ocupação caiu 24,6 pontos percentuais, para 57,5%.
  • As reservas para futuras viagens registadas no mês de Janeiro de 2021 diminuíram 70% em relação ao ano anterior, colocando assim mais pressão sobre tesouraria das companhias aéreas e pode afetar o momento da esperada recuperação.
  • A previsão de base da IATA para 2021 é de uma melhoria da procura em 50,4% em relação a 2020, o que levaria a indústria a prever situar-se a 50,6% dos níveis registados em 2019. Embora esta previsão se mantenha por agora inalterada, este cenário corre o risco de ser alterado caso persistam  ou acentuem as restrições às viagens devido às novas variantes da Covid-19. Caso tal hipótese venh a concretizar-se, o crescimento da procura poderá situar-se em apenas 13% em relação aos níveis registados em 2020, deixando a indústria em 38% dos valores registados globalmente em 2019.

 

05 Fevereiro 2021