European Health manifesta preocupação sobre Covid-19, mas Portugal mantém-se como destino seguro
Faltando apenas algumas semanas para as férias de Inverno 2021/22, a situação epidemiológica causada pela COVID-19 começa a agravar-se entre os países da União Europeia, gerando riscos e transtornos para quem pretende viajar para um dos diversos estados-membros. A mais recente actualização do mapa do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), feita esta sexta-feira, 5 de Novembro, mostra que vários países estão a registrar altas taxas de infecção durante os últimos sete e catorze dias, o que leva as autoridades de saúde a sugerirem evitar viagens para esses territórios e aconselha "fortemente" a não fazê-las àqueles que não estão imunizados, com a vacinação completa ou não tenham tido a doença.
No mapa do ECDC, os países em vermelho escuro têm uma incidência cumulativa de casos COVID-19, nos últimos 14 dias, de 500 ou mais casos e aqueles que constam na categoria vermelha têm uma taxa de casos, nas últimas duas semanas, variando entre os 75 e 200 casos, com um taxa de positividade de infecção nos testes COVID-19 de 4%. De acordo com a Agência de Saúde da UE, uma grande parte dos países da UE estão actualmente classificados como países vermelho-escuro - Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Estónia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de todos os países da lista vermelha escura, Roménia, Áustria e Bulgária apresentam as taxas de infecção mais altas. Durante as últimas 24 horas, a Roménia notificou 10.196 novos casos de infecção por COVID-19, seguida pela Áustria com 4.962 novos casos e Bulgária com 5.863 novos casos.
Além destes países, a situação epidemiológica também se agravou na República Checa, já que metade do seu território está identificado com a cor vermelho escuro. Na actualização do mapa da semana passada, o país tinha uma situação significativamente mais estável.
Também a Alemanha, que vinha a ser listada há várias semanas como um país vermelho, no entanto, duas das suas regiões, Saxónia e Turíngia, foram recentemente adicionadas à lista vermelha escura, o que significa que viagens de e para o país, especialmente para essas duas regiões, são desencorajadas. Da mesma forma, a maior parte da Polónia está actualmente com a cor vermelha, em contraste com a semana passada, quando algumas das suas regiões faziam parte da lista laranja.
Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia também fazem parte da categoria vermelha, tendo registrado mais de 200 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias. Viajar para essas áreas não é tão desencorajador como as que possam ser efectuadas para países vermelho-escuros. No entanto, todos são aconselhados a serem portadores da documentação sanitária necessária e a terem especial cuidado durante a viagem.
Pelo contrário, a Agência revelou que, à semelhança das últimas semanas, a situação epidemiológica da COVID-19 manteve-se quase na mesma situação em Itália, França e Portugal. Esses três países são os destinos mais seguros para viajar de momento. Os países identificados com a cor cinza, são aqueles que a informação é escassa ou a taxa de testagem é inferior a 300 casos por 100.000 habitantes, o que se mostra insuficiente.
Há apenas dois dias, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, ao restarem apenas cinco dias para reabrir as suas fronteiras a todos os viajantes internacionais vacinados, pediu aos seus residentes que não viajassem para 14 países do espaço UE/Schegen, porque tinha elevado para o nível 4 - o maior e mais grave grau de alerta e de risco em termos de contágio epidemiológico da COVID-19 - incluindo assim nesta lista: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Estónia, Grécia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Noruega, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Suíça. Para outros países deste espaço, foi também recomendado "reconsiderar a viagem", indicando existir um alto nível de contágio do vírus no território. Acrescentam ainda ao alerta que os americanos em viagem “devem assumir especial cautela em alguns países, devido ao terrorismo, e evitar viajar devido a sérios riscos à segurança e protecção individual”.
08 Novembro 2021