Euro mais barato atrai turistas dos E.U.A. para a Europa

Euro mais barato atrai turistas dos E.U.A. para a Europa

Muitos americanos estão mais desejosos de viajar do que estiveram em muito tempo, devido ao euro barato em comparação com o dólar; a Europa é o destino turístico mais procurado nesta época. Este é considerado o primeiro ano, em duas décadas, em que "um euro" é igual a "um dólar".

Esta paridade terá um grande impacto no sector do turismo, especialmente para as companhias aéreas que comercializam combustível em dólares. Globalmente, tudo o que é importado tornar-se-á mais caro. Por outro lado, os americanos que viajam para a Europa terão maior poder de compra e provavelmente gastarão mais. Em contrapartida, os europeus que viajam para os Estados Unidos serão penalizados.

É provável que, nos viajantes, se encontrem muitos cidadãos americanos nos seus destinos turísticos preferidos para férias. A eliminação das restrições relativas à Covid-19 e a queda do euro fazem de Itália, França e Alemanha os principais destinos de muitos americanos este Verão. O Coliseu, a Torre Eiffel, e Neuschwanstein serão os locais onde encontraremos muitos destes visitantes. Mas a perspectiva de uma oportunidade sem precedentes proporciona neste momento uma euforia total. "Agora é o melhor momento para uma viagem à Europa", relata a agência noticiosa financeira Bloomberg. E a rede CBS promete aos seus telespectadores: "Tudo, desde croissants a uma viagem de táxi, passando por artigos de luxo, será mais barato do que tem sido durante décadas".

Se olharmos para a taxa de câmbio, tal não é exagero. Afinal, os visitantes dos EUA tiveram de pagar pouco menos de 1,60 dólares por um euro no Verão de 2008. Há um ano, ainda era de 1,19 dólares. Agora, existe praticamente paridade: um dólar vale tanto como o euro. O conceituado New York Times refere: mais férias pelo mesmo dinheiro. E Mark Zandi, o respeitado economista-chefe da Moody's, aconselha: "Se queres viajar e ainda sobrar dinheiro, fá-lo agora".

Os preços estão no seu nível mais alto, desde Novembro de 1981 na América. O dólar mostra-se galvanizado pelo seu estatuto de porto seguro num contexto de abrandamento da actividade, mas também pelas repetidas subidas de taxas da Reserva Federal.

O Banco Central dos EUA não está, por enquanto, a conseguir baixar a inflação: dos preços ao consumidor acelerou novamente em Junho, nos Estados Unidos, e encontra-se agora no seu nível mais elevado, desde Novembro de 1981.

O interesse numa viagem através do Atlântico é proporcionalmente elevado. Os analistas de dados no portal de viagens Expedia registaram no início de Julho um aumento de 25% nas consultas dos voos para Paris e Frankfurt, a partir dos EUA, no espaço de uma semana. Em qualquer caso, o desejo dos americanos de viajar tem sido elevado desde que a pandemia diminuiu.

Os números iniciais para este ano confirmam a tendência: o número de dormidas de cidadãos norte-americanos na Alemanha, de Janeiro a Abril, quadruplicou num ano, passando para 800.000. Contudo, de notar que tinha havido uma quebra acentuada dos valores em 2020 e 2021 devido à pandemia. Tendo como base 2019, no seu conjunto, pouco menos de sete milhões de dormidas tinham ainda sido registadas.

 

Fonte: Tourism Review Media Julho 2022

18 Julho 2022