Chegadas de Turistas Internacionais à Europa estão 60% abaixo dos níveis Pré-Pandémicos

Chegadas de Turistas Internacionais à Europa estão 60% abaixo dos níveis Pré-Pandémicos

Devido à pandemia de Covid-19, a indústria do Turismo está a passar por grandes dificuldades em todo o mundo. De acordo com dados da Comissão Europeia relativos às Viagens (ETC), prevê-se que a chegada do número de turistas internacionais à Europa diminua em 2021 cerca de 60% este ano, em contraste com os níveis pré-pandémicos.

Embora se tenha registado uma ligeira recuperação no sector das viagens europeias, teremos ainda de esperar algum tempo para regressarmos aos números obtidos em 2019. Neste contexto, o ETC estima que 2024 poderá ser o ano da retoma completa.

Grécia o "Melhor", República Checa o "Pior"

Embora o quadro geral das chegadas de turistas internacionais não seja definitivamente positivo, alguns países registaram números impressionantes mesmo numa situação difícil. Por exemplo, a Grécia registou apenas menos 19% de dormidas em comparação com 2019, principalmente devido à abertura das fronteiras do país a turistas vacinados. A Croácia também se saiu relativamente bem da situação (-37% em comparação com 2019). Outros países com resultados ligeiramente melhores do que a média europeia são Montenegro (-44 %), Luxemburgo (-45 %) e Mónaco (-46 %). Em contraste, a República Checa foi o perdedor absoluto do Velho Continente, registando um decréscimo extremamente elevado de 94%, em comparação com 2019.

Verão ligeiramente positivo

Foram registados dados ligeiramente positivos durante os meses de Verão, principalmente devido à introdução do Certificado UE Covid-19, bem como números relevantes em resultado das viagens realizadas entre países da UE. Neste contexto, a ocupação hoteleira registou uma melhoria em relação a 2020 em muitos destinos. Por exemplo, a Eslovénia, o Reino Unido e o Mónaco registaram taxas de ocupação de quase 70%. Além disso, as viagens aéreas na Europa registaram uma ligeira melhoria, embora a diferença em relação ao tráfego obtido pré-pandemia seja ainda bastante relevante (-58%).

Faltaram os chineses e os americanos

A ausência de turistas internacionais tem sido o maior revés dos principais destinos europeus, especialmente os denominados viajantes de longo curso em especial dos EUA e da China. O número de chegadas dos Estados Unidos diminuiu 90% este ano em comparação com 2019, sendo a média entre todos os destinos de -33%. Contudo, houve alguns países que se saíram melhor também neste aspecto - mais uma vez o exemplo da Grécia (-38%). Finalmente, os turistas chineses também não tiveram grande expressão no sector turístico europeu, uma vez que os países registaram em média uma diminuição de 90% destes turistas, em contraste com os dados pré-pandémicos. Devido a uma abordagem cautelosa das autoridades chinesas em relação a esta crise sanitária, continua a mostrar-se razoável prever que estes números permanecerão semelhantes também no início de 2022.

13 Dezembro 2021