Bélgica reabre fronteiras e Israel anuncia reabertura controlada a 23 de Maio

Bélgica reabre fronteiras e Israel anuncia reabertura controlada a 23 de Maio

A Bélgica reabriu a sua fronteira aos viajantes a 19 de Abril e permitirá actividades hoteleiras nos terraços a partir de 8 de Maio, momento em que o recolher obrigatório será levantado. A reabertura de bares e restaurantes, que estão fechados há meio ano, tem sido o tema principal na Bélgica, com a indústria hoteleira a exigir o levantamento das restrições. Após uma reunião com o sector, foi alcançado um acordo que permite, a partir de 8 de Maio, que estas actividades sejam possíveis, mas apenas nos bares e piscinas nos terraços dos hotéis.

O Primeiro-Ministro belga Alexander De Croo lembrou que devem ser mantidas todas as cautelas, à medida que prossegue o plano gradual de "desconfinamento", assegurando que o vírus ainda está "muito presente" entre a população, e que só a vacinação "poderá tornar-se uma base sólida para a reabertura".

No entanto, o governo belga concordou em reabrir as fronteiras e remover as restrições às viagens não essenciais, na sequência das exigências da Comissão Europeia, que tinha manifestado preocupação quanto às implicações directas das leis belgas sobre a liberdade de viajar no Espaço Schengen.

O turismo doméstico na Bélgica aumentou durante as férias da Páscoa, quando muitos belgas decidiram passar os seus tempos livres nas zonas costeiras do país. Nestas regiões, os alugueres registaram um aumento de reservas que se situou entre 15-20%. Os parques de campismo também registaram elevadas taxas de ocupação. No entanto, alguns hotéis na costa permaneceram fechados, enquanto outros notaram uma ocupação que consideraram "aceitável", mas outros ainda permaneceram abaixo dos 50% de ocupação.

Entretanto em Israel, o Ministro do Turismo e da Saúde chegaram a acordo para a abertura do país, sendo o primeiro passo permitir a entrada de grupos de turistas estrangeiros vacinados. O plano anunciado pelo governo prevê um número limitado de grupos autorizados que podem começar a chegar a partir de 23 de Maio. Este número será então aumentado de acordo com a situação sanitária e a avaliação que for efectuada pelas autoridades.

Em data posterior ainda não determinada, serão autorizadas viagens individuais para Israel. No entanto, os viajantes terão de estar vacinados contra a Covid-19. Todos os viajantes serão obrigados a fazer um teste PCR antes de embarcar num voo para Israel. Além disso, será efectuado um teste serológico à chegada ao aeroporto de Ben Gurion, para provar que foram efectivamente vacinados. Israel comunicou ainda que também estão em curso negociações com vários países sobre a aceitação dos certificados de vacinação. A confirmarem-se estes acordos, seriam cancelados à chegada os testes serológicos de comprovação.

Enquanto se aguarda a reabertura das fronteiras fechadas desde Março de 2020, estão já previstas algumas excepções para viagens de não israelitas vacinados ou curados do coronavírus, quase cinco milhões de israelitas (53% da população) receberam duas doses de vacina. Em meados de Janeiro, o país tinha registado um pico de cerca de 10.000 infecções por dia, mas este número diminuiu, situando-se agora em menos de 200 por dia, com uma taxa de positividade dos testes realizados de 0,3%. Esta quebra registada na contaminação permitiu às autoridades reabrir restaurantes, bares e praias, e também facilitou acordos com Chipre e Grécia (denominados corredores aéreos), a fim de permitir aos seus nacionais viajar para estes países em condições relativamente flexíveis.

Cerca de 4 milhões de turistas visitaram Israel em 2019, um número que tem vindo a aumentar constantemente desde há vários anos, de acordo com números do Ministério do Turismo israelita. A queda em 2020 foi superior a 80% devido à pandemia, com apenas 850.000 turistas acolhidos no país.

 

20 Abril 2021